quinta-feira, 2 de junho de 2011

Na porta do cu do dono!

Mandada por um amigo jornalista de Recife, o Gilvandro Filho...
 
(Lizoel Costa)
 
 
Oliveira de Panelas, poeta e repentista Pernambucano dos mais renomados, certa vez se deparou com um desafio no mínimo inusitado: após consertar seu carro na oficina de um amigo e perguntar quanto havia custado o conserto, ouviu do dono da oficina, só de sacanagem, que o conserto ficaria de graça, caso ele cantasse em versos o seu "órgão sexual". Surpreso, Oliveira não passou recibo e devolveu a sacanagem. E na hora saiu este poema: 

NA PORTA DO CU DO DONO

Essa rôla antigamente
Vivia caçando briga
Furando pé de barriga
Doidinha pra fazer gente
Mas hoje tá diferente
No mais profundo abandono
Dormindo um eterno sono
Não quer mais saber de nada
Com a cabeça encostada
Na porta do cu do dono

Já fez muita estripulia
Firme que só um bambu
Mais parecia um tatu
Fuçava depois cuspia
Reinava na putaria
O priquito era seu trono
Trepava sem sentir sono
E sem precisar de escada
Mas hoje vive enfadada
Na porta do cu do dono

Nunca mais desvirginou
Uma mata vaginosa
Há muito tempo não goza
A noite de gala passou
Vive cheia de pudor
Sonolenta e sem abono
Faz da ceroula um quimono
E da cueca uma estufa
Vive hoje a cheirar bufa
Na porta do cu do dono

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